A desidratação é uma das desordens mais comuns na busca de uma clínica médico-veterinária. Consiste na falta de hidratação no corpo do animal devido à perda excessiva de líquidos. É um problema que requer grande atenção e muitos cuidados, pois pode levar a complicações graves e até a morte.
Muitos donos de pet acreditam que basta a administração de líquidos, ou medicamentos para curar o problema, tratando-o por conta própria. Fique atento: a entrada de líquidos no corpo do animal de maneira errada – rápida e em grande quantidade – pode piorar o quadro, causando problemas muito mais graves.
Causas da desidratação:
• Exposição prolongada ao sol e excesso de atividades físicas;
• Ingestão de líquidos insuficiente;
• Quadros de febre;
• Gastrites, infecções por bactérias, vermes, viroses, ingestão de alimentos estragados ou inapropriados causando vômitos e diarreias;
• Doenças renais ou hepáticas;
• Diabetes;
• Problemas psicológicos, como o estresse, entre outros.
Sintomas da desidratação
em cachorros e gatos:
• Gengivas e língua seca;
• Apatia. O animal fica sonolento, com dificuldade de correr ou caminhar;
• Olhos secos ou saltados;
• Perda de peso;
• Perda de apetite;
• Respiração ofegante;
• Batimentos cardíacos acelerados;
• Falta de elasticidade da pele: aspecto mais utilizado nos dias de hoje para definir a presença do problema em um pet.
Puxe a pele do animal e observe o tempo que ela leva para voltar à sua posição original - o certo é que o retorno à posição seja imediato; quanto mais demorar, maior a desidratação;
• Nos casos mais graves pode levar a desmaios e convulsões.
Tratamento
Fluidoterapia: tratamento mais indicado para essa complicação, e deve ser feito por médicos veterinários. O processo é bastante similar ao adotado para acabar com a desidratação em humanos com a administração de soro:
• A fluidoterapia oral é a hidratação do animal pela ingestão de líquidos, pouco a pouco e constante, evitando complicações em função da ingestão rápida e exagerada de líquidos que pode levar a vômitos.
• A fluidoterapia intravenosa é feita por meio da aplicação de soro diretamente na corrente sanguínea do animal.
• A fluidoterapia subcutânea permite que uma carga maior de soro seja administrada ao animal de uma vez, sendo absorvida aos poucos. É também usada nos casos em que o profissional encontra dificuldade em encontrar as veias do animal para administração das substâncias.
• A fluidoterapia intra-óssea consiste na aplicação do soro diretamente nos ossos do animal e pode ser tida como uma boa opção quando o animal está muito debilitado.