Janeiro é mês de férias, de crianças acordarem tarde, brincarem muito, sem preocupação de dever de casa, escola, etc. Mas o que nos tem preocupado é que as crianças estão passando mais tempo à frente das tv’s, computadores e vídeo games e deixando de brincar daquelas “brincadeiras antigas”: futebol de rua, pique pega, escondeesconde, amarelinha, mamãe da rua, rouba bandeira. Hoje está na moda atividades que cada vez mais individualiza o brincar, esfriando as relações humanas e contrariando o principal objetivo da brincadeira: A Socialização.
De acordo com Luis Roberto Pinto Menezez, Didiu, Professor de Educação Física, especialista em recreação e lazer, “a brincadeira é uma necessidade no desenvolviment de todas as pessoas e não deve ser vista como mera oportunidade de diversão e alegria (prazer), uma vez que sua aplicação nos diversos espaços facilita a aprendizagem e o desenvolvimento de vários
aspectos significativos (desenvolvimento cultural, artístico, intelectual, social e manual) auxiliando as crianças a obterem uma boa saúde mental, que facilitará a expressão e construção do conhecimento.”
A brincadeira leva a criança a expressar seus objetivos, necessidades, instintos e o seu verdadeiro eu, ajudando no desenvolvimento da inteligência. Assim, a brincadeira é importante para incentivar não só a imaginação, o carinho nas crianças durante o seu processo educativo e de formação de caráter, mas também para ajudar no desenvolvimento de competências cognitivas e sociais.
O grande problema que enfrentamos atualmente, é que os espaços livres (ruas, praças) usados nas brincadeiras das crianças anteriormente, estão sendo ocupados, por fábricas, edifícios, postos de gasolina, carros. Outro fator importante para ser observado é que a violência, o trabalho infantil, tem afastado as crianças e jovens do mundo dos jogos e brincadeiras de rua, explica Didiu.
Portanto o grande desafio para os pais é resgatar espaços, meios e tempo para as crianças brincarem verdadeiramente - essencial para o desenvolvimento integral das crianças, de sua criatividade, aprendizagem, socialização e formação de uma sociedade menos injusta e mais crítica.
Marcelo Campos Machado
Professor de Educação Física - CREF 0527
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