2 - Procure ser honesto acerca das capacidades de seu filho, de seu desempenho e de seu atual nível de rendimento.
3 - Seja solícito, mas não o “treine” no caminho da escola, da piscina, no caminho de volta, no café da manhã e assim por diante. É difícil não fazê-lo, mas é bem mais difícil e penoso para a criança, ser inundado por recomendações e instruções críticas (isso é dever do técnico, as horas de treino são suficientes e uma pressão extra em relação aos aspectos técnicos não é bem-vinda).
4 - Ensine-o a desfrutar do entusiasmo da competição, incentive-o a treinar para melhorar sua condição e empenho. Não diga “vencer não conta!”, porque conta. Ao invés disso, ajude a desenvolver nele a vontade de competir, de tentar o máximo, de sentir-se alegre consigo mesmo.
5 - Procure não “reviver” sua própria vida esportiva através de seu filho, criando pressões. Você já tateou, já perdeu, já ganhou, já sentiu medo, regrediu muitas vezes, não foi sempre “heróico”. Não o impressione movido por seu orgulho pessoal. Certamente que ele é uma continuação de você, mas deixe-o fazer sua própria imagem de descobertas no mundo dos esportes… deixe-o navegar nele sem interferências.
6 - Não entre em competição com o técnico. Lembre-se que este, muitas vezes, torna-se um herói para seus atletas, um homem que acerta sempre.
7 - Não compare o aproveitamento, desempenho ou coragem de seu filho com os outros elementos da equipe, pelo menos na frente dele.
8 - Você deve procurar conhecer relativamente bem o técnico de seu filho. Assim você se assegurará de que sua filosofia, atitudes, ética e conhecimentos, são suficientes para que você entregue seu filho a ele. O técnico tem uma influência poderosa na formação dos atletas.
9 - Lembre-se que as crianças tendem ao exagero, tanto quando elogiadas, como quando criticadas.
10 - Procure fazer seu filho entender alguns princípios relativos à coragem. Existem diversos tipos de coragem. Alguns são capazes de escalar montanhas, mas se apavoram se têm que entrar num combate (disputa), outros lutam sem medo, mas temem se uma abelha aparece. Todos sentem-se assustados, o que varia são as situações; ninguém escapa ao temor. Explique ao seu filho que coragem não significa ausência de medo, mas sim fazer algo apesar do medo e sensação de desconforto.
A grande maioria dos pais gostaria de fazer o melhor para o seu filho e as crianças, por sua vez, desejam ter um bom relacionamento com eles. Além disso, os pais são os primeiros técnicos e, como tal, têm o mais árduo ofício e o mais alto empenho em realizá-lo bem.
Na próxima edição falaremos de algumas características dos pais de atletas.