Apesar de considerados raros, os tumores cardíacos estão sendo cada vez mais diagnosticados e estudados com os avanços recentes dos métodos diagnósticos. São classificados em primários, originados diretamente do tecido cardíaco e secundários (também chamados de metastáticos) quando se originam de outros tumores malignos localizados em outro órgão do corpo.
Os tumores primários do coração são muito raros, em sua grande maioria são benignos, sendo 50% constituído pelos mixomas e o restante por lipomas, fibroelastomas papilares e rabdomiomas. Cerca de 25% dos tumores cardíacos primários são malignos, sendo 95% os sarcomas e 5% os linfomas.
Já os tumores secundários são cerca de 20 vezes mais comuns que os tumores primários. Estima-se que 1 a cada 5 pacientes que morreram em decorrência de câncer tenha algum comprometimento metastático cardíaco. Estes são sempre malignos.
Quais os sintomas?
Os tumores cardíacos podem não provocar qualquer sintoma ou podem produzir sintomas que simulam outras doenças cardíacas como dor no peito, falta de ar, fraqueza, arritmias, inchaço no corpo, acidente vascular cerebral (AVC).
Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico desses tumores é realizado através de um exame de imagem do coração como o ecocardiograma, tomografia ou ressonância cardíacas. Dessa forma, a maioria dos tumores assintomáticos são diagnosticados, ao acaso, ao se realizar exames cardiológicos periódicos. Já os tumores cardíacos secundários são suspeitados quando um paciente com um tumor em outro órgão (geralmente pulmão, mama, sangue e pele) apresenta sintomas cardíacos.
Como se trata a doença?
O tratamento dos tumores cardíacos dependem do tipo celular, podendo ser ressecção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia ou tratamento conservador. No caso dos tumores benignos, quase sempre apresentam resultados favoráveis. Já os tumores malignos, pouco se beneficiam das terapias empregadas atualmente, podendo apenas prolongar a sobrevida dos pacientes por poucos meses.