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Saúde

CASA AMOR - HRC terá nova Unidade

  • Nova campanha HRC visa aumentar o número de doadores, a fim de garantir o início da construção de sua segunda unidade.

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    O diretor administrativo da instituição Daniel Porto Soares.
    O diretor administrativo da instituição Daniel Porto Soares.

     

    Com pouco mais de oito anos em funcionamento, o Hospital Regional do Câncer (HRC) da Santa Casa de Misericórdia de Passos deverá ganhar uma segunda unidade no ano de 2020. A obra será a primeira a ser construída na Cidade da Saúde e do Saber – grande projeto da Santa Casa para expandir sua estrutura de serviços e de ensino na área da saúde. Quando a construção terminar, o HRC já estará atendendo seus milhares de pacientes em todas as tecnologias disponíveis para o tratamento de câncer.

     
    Para realizar o projeto, a Santa Casa, que é uma instituição filantrópica, volta a contar com a solidariedade da população, não apenas de Passos, mas de várias cidades da região, como sempre ocorre desde a construção da primeira unidade oncológica. No último dia 1º, a instituição iniciou a campanha “Casa Amor”, que em 19 de janeiro de 2019 irá sortear uma casa num condomínio de alto padrão, o Vale Verde.
    Com essa nova campanha, a Santa Casa espera aumentar o número de doadores e alcançar a meta de arrecadar R$ 21 milhões para custear a obra da 2ª unidade do Hospital do Câncer. A arrecadação também servirá para custeio dos serviços e investimentos em novas tecnologias assistenciais do HRC.
    Segundo o diretor administrativo da instituição, Daniel Porto Soares, não se trata somente de mais uma, dentre as várias ações solidárias já realizadas para arrecadar recursos, mas de “uma campanha pautada em cima de uma proposta que vem dar uma resposta às necessidades da nossa comunidade”. 
    Daniel explica que, para atender essas necessidades, o HRC precisa ser ampliado novamente, mas em outro local, porque a primeira unidade já não tem mais para onde ser expandida. A solução é a Cidade da Saúde e do Saber, que será erguida numa área de 130 mil metros quadrados (m²), próxima à Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB).
     


    Embora precise da segunda unidade oncológica, a Santa Casa não tem disponibilidade financeira para realizá-la, a não ser com a ajuda da comunidade. Na verdade, os custos do hospital extrapolam as receitas, já que muitos serviços prestados não são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento mais recente, referente ao período de agosto de 2016 a setembro de 2017, mostra um extrapolamento em oncologia que passa de R$ 5,2 milhões.

    Casa que será sorteada no Condomínio Vale Verde pelo HRC.
    Casa que será sorteada no Condomínio Vale Verde pelo HRC.

     

    De acordo com o diretor, a nova unidade oncológica visa atender à demanda de pacientes que cresce em centenas de pessoas anualmente, desde sua inauguração em 2010. Nesse ano, 2.157 pessoas se trataram no HRC; em 2017, esse número subiu para 8.749, conforme levantamentos da Santa Casa feitos até setembro passado.
     


    Esse aumento da demanda é motivado pelos atendimentos feitos a pacientes de fora, da região, à qual a diretoria da Santa Casa esperava que ficasse restrita no início do projeto da oncologia, há mais de 20 anos. “A gente não esperava que fosse nessa velocidade. Quadruplicou”, revela o diretor, explicando que tratam no HRC de Passos pessoas de várias regiões de Minas Gerais.

    Quando a Irmandade da Santa Casa decidiu ingressar na área oncológica, os diretores sabiam das dificuldades que teriam devido à alta complexidade dos tratamentos que a instituição iria lidar, mas estabeleceram o compromisso com a “humanização e qualidade”, segundo frisa Daniel Porto, independente dos custos dos serviços.
    “Uma coisa é tratar, outra é cuidar do paciente, prover os recursos que ele precisa, como medicação para dor e suporte nutricional”, observa o diretor, referindo-se a medicamentos, exames, cirurgias e suplementos alimentares que não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que o HRC fornece para os pacientes, cumprindo aqueles compromissos assumidos no início do projeto da oncologia.
    Por causa dessa humanização, mais e mais pessoas procuram se tratar no HRC de Passos, conforme atestam os números de atendimentos – que são os procedimentos realizados durante o tratamento oncológico – passaram de 25.949 em 2010 para 128 mil até setembro de 2017.
    Essa qualidade do tratamento oncológico pelo HRC foi ratificada em novembro último pela Certificação Internacional Canadense conferida à Santa Casa de Misericórdia de Passos, por adotar as melhores práticas assistenciais com padrões internacionais.
     
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    Outra conquista do HRC foi a mudança de categoria de Unidade de Assistência em Alta Complexidade (UNACON) para Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (CACON). A diferença de classificação está na amplitude do atendimento que pode ser realizado, ou seja, o HRC está apto a atender a maioria dos tipos de cânceres e, ainda, atuará na formação dos novos médicos oncologistas. Além disso, o orçamento financeiro para garantir os atendimentos foi revisto, de tal forma que os extrapolamentos verificados nos últimos anos serão equacionados.
     
    De acordo com Daniel Porto, tudo isso, no entanto, exige uma estrutura mais ampla, porque cada vez mais cidades e pessoas buscam o hospital de Passos na luta contra a doença. “Para 2018 vamos implantar os serviços de medicina nuclear com investimentos previstos de 3,5 milhões de reais”, destacou.
     
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