O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, potencialmente grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. O comportamento endêmico do sarampo varia, de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade da população e da circulação do vírus na área.
O pediatra Dr. Geraldo Tadeu Reis: “Caso a mulher esteja planejando engravidar, ela deve se assegurar de que está protegida. Um exame de sangue pode dizer se já está imune à doença. Se não estiver, ela deve ser vacinada um mês antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.”
No dia 6 de agosto teve início a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, que irá até o próximo dia 31. O objetivo do Governo Federal é aumentar a cobertura vacinal e impedir a disseminação da doença. O dia de mobilização Nacional, o chamado dia D, está previsto para o dia 18. As crianças devem ser levadas aos serviços de saúde mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.
De acordo com o pediatra Dr. Geraldo Tadeu Reis, o foco da campanha é vacinar crianças acima dos 12 meses de idade, adolescentes e adultos até os 49 anos de idade. “Para crianças são administradas vacinas aos 12 meses, com a vacina tríplice, e aos 15 meses deve receber uma segunda dose com a vacina tetraviral. Se não foram vacinados anteriormente, adolescentes e adultos até os 29 anos de idade devem receber duas doses da vacina tríplice viral. A partir de 30 e até os 49 anos de idade, se não vacinados anteriormente, devem receber uma dose”, ressalta.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, nos estados de Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.
“A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, o elevado poder de contágio da doença. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início das manchas vermelhas pelo corpo. O vírus vacinal não é transmissível”, explica o pediatra Dr. Geraldo Tadeu Reis.
O médico diz que não devem receber a vacina casos suspeitos de sarampo, e gestantes, que devem esperar para serem vacinadas após o parto. “Caso a mulher esteja planejando engravidar, ela deve se assegurar de que está protegida. Um exame de sangue pode dizer se já está imune à doença. Se não estiver, ela deve ser vacinada um mês antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar. Menores de seis meses e pessoas imunocomprometidas (transplantados, portadores do vírus HIV, entre outros) também não devem vacinar”, esclarece.
O Dr. Geraldo Tadeu afirma que não existe um tratamento específico para o sarampo. “É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado”, afirma o pediatra, que recomenda em casos de suspeita ou dúvida a necessidade de procurar o médico de sua confiança.
PRINCIPAIS SINTOMAS DE SARAMPO
Renato Rodrigues Delfraro