Há muito se fala sobre o futuro do planeta em termos de questões ambientais e a indústria da moda é grande responsável por um lado negro e obscuro, ecologicamente falando, que não combina em nada com o apelo de beleza e luxo que a indústria vende. Em 2013 ocorreu em Savar, Bangladesh o desabamento de um prédio que abrigava uma confecção, causando a morte de mais de 1000 (mil) trabalhadores. É valido ressaltar, que, o desabamento foi causado pela falta de segurança na fábrica, o que é muito comum em confecções de Fast Fashion. Infelizmente, não é preciso ir até Bangladesh para ter contato com esse tipo de situação, diversas marcas de departamento brasileiras – ou que atuam no Brasil, foram denunciados por escravidão moderna nos últimos anos, e te garanto: você com certeza já comprou em alguma delas.
Muito se fala até que ponto é possível ter um consumo consciente e acessível, pois as marcas que se denominam Slow Fashion (que é, o movimento contrário ao Fast Fashion), são, em suma, caras.
O post de hoje é sobre brechós e minha amiga, para de fugir deles!
Os brechós são a maior e mais barata forma de consumo consciente que existe atualmente. No entanto, sabendo que muitas pessoas não são adeptas ao garimpo, trouxe algumas opções on-line desse modelo de consumo.
Enjoei
O enjoei é uma empresa para consumo colaborativo, lá você pode fazer pesquisa de um item que esteja procurando e conversar diretamente com o vendedor, que são pessoas físicas desapegando de peças que não querem mais. Você também pode criar sua lojinha de desapego!
Brechós no Instagram
Os brechós no Instagram em geral fazem o “trabalho duro” para quem não gosta de garimpar. É um trabalho de curadoria, restauração da peça, produção publicitária e venda, por isso não espere que as peças custem 5$, mas com certeza, o preço delas são bem próximos (e em geral mais baratos) do que em lojas de fast fashion e com certeza, a durabilidade da peça é muito maior, mesmo sendo de segunda mão.
Grupos de trocas e vendas no Facebook
Os grupos de trocas e vendas no Facebook são ótimos, principalmente, para a troca de peças. O Brechó Trash, por exemplo, existe desde 2012 e possui mais de 20 mil membros.
Falar sobre consumo consciente na moda é mais que necessário, é urgente. Os brechós existem desde a primeira guerra mundial e não devem ser vistos como meras roupas usadas, eles são uma das melhores alternativas por ser a que menos causa danos, a peça já está ali, você só precisa ver potencial nela. Viviane Westwood durante o desfile de sua segunda linha de verão na Semana de Moda de Londres, reafirmou sobre qualidade ser melhor que quantidade. "Minha mensagem é escolham bem e comprem menos. Não comprem nada pelos próximos seis meses e reciclem suas roupas", disse.
Escrito por: Maria Carolina (@eubertozzi)
Revisado por: Patrícia Imamura