Passaram os jogos da Copa do Mundo, os jogos das Olimpíadas, abertura e encerramento dos eventos e ficaram as arenas esportivas; Pantanal (Cuiabá), Dunas (Natal), Amazônia (Manaus), dentre outros. O que fazer?
As arenas multiusos, chamadas assim, foram inicialmente construídas nos EUA para realização de jogos de futebol americano, NBA, tênis, beisebol e na década de 2000, espalhou na Europa nos diversos estádios de futebol. As arenas multiusos têm um conceito de serem utilizadas para diversos eventos, inclusive o futebol, e este é o ponto fraco no Brasil.
Após a construção destas arenas esportivas, várias pessoas, mostrando-se empreendedoras do assunto, tentam, através de um leque de opções, manter a utilização diária destas. O pós gerenciamento seria o maior desafio. Como conduzir espaços tão grandes?
As culturas americanas e europeias são bem diferentes, lá há o entretenimento diário, atividades esportivas e muito mais, mundos distantes e opostos. Como gerenciar equipamentos, como trazer receitas, desenvolver planos comerciais, reduzir despesas e custos operacionais? Os clubes brasileiros não sabem.
Com os novos equipamentos sendo ofertados à sociedade, imaginou-se que torcedores, clientes, consumidores, vivenciariam as arenas diariamente com suas famílias, amigos, negócios, etc. Porém os projetos são falhos, não possuem credibilidade de mercado e o futebol não há seriedade. Fontes de receitas como: turismo local, museu, lanchonetes, estacionamento, não paga a conta de luz do mês.
As arenas do Palmeiras e Atlético do Paraná estão um passo a frente das demais, suas agendas para eventos tem aumentado desde a inauguração. A arena do Atlético do Paraná com teto retrátil e grama sintética, resolveu muitos problemas do tempo da chuvosa e fria Curitiba. Já o Allianz Parque (Palmeiras), tem contemplado sediar grandes shows, com isto há movimento nos seus equipamentos. Mesmo a arena Porto Alegrense (Grêmio) no sul do país, possui uma série de atividades diárias e com agendas de diversos eventos, vislumbrando sempre novos mercados e amplitude financeira para o seu negócio.
Melhorar os serviços e disponibilizar ferramentas para utilização destas arenas podem, num futuro breve, tirar estas construções da UTI e começar a andar com as próprias pernas.
por Marcelo Campos Machado