Você já parou para pensar como teria conquistado todos os seus grandes objetivos de vida se não existisse dentro de ti uma profunda vontade de enfrentar as adversidades para alcançar seus sonhos? Esta profunda vontade é o que chamamos de esperança, força que influencia diretamente a nossa capacidade de lidar com problemas, situações de divergências e estresses tanto na vida pessoal quanto profissional. Pessoas esperançosas possuem maior senso de iniciativa para entrar em ação e fazer com que seus objetivos aconteçam.
Em 1991, o pesquisador Richard Snyder, em conjunto com a sua equipe do Laboratório da Esperança, da Universidade do Kansas, classificou a esperança como “o processo que leva uma pessoa a pensar em seus objetivos juntamente com a motivação para persegui-los criando os meios para alcançá-los”. Snyder entendeu a esperança através de dois componentes, o que ele chamou de “Agency Thinking” e definiu como o senso de iniciativa e pensamento voltado para entrarmos em ação e “Pathways Thinking”, nossa capacidade de criar caminhos e soluções alternativas para alcançarmos resultados mesmo quando eles não saem da forma que esperamos.
Indivíduos que possuem dentro de si uma esperança ardente para realizar metas desenvolvem seus próprios caminhos ATÉ que os resultados desejados sejam conquistados, não enxergando seus objetivos como meras possibilidades, que podem ou não dar certo. Existe uma profunda diferença entre esperar e esperançar um objetivo. Quando estamos em condição de espera, na realidade, estamos em posição de paralisia e aguardo, sem ter ações respectivas para que nossas metas aconteçam. É quando esperançamos, isto é, nutrimos uma profunda vontade de alcançar um resultado, porque acreditamos nos caminhos requisitados e estamos dispostos a fazer com que eles aconteçam para construirmos nosso futuro e nos tornarmos quem desejamos ser.
São inúmeros os estudantes, vestibulandos e profissionais que estão em condição de ESPERA para terem seus resultados, isto é, querem alcançar seus objetivos, mas não estão tendo todas as ações necessárias para fazer com que eles se tornem realidade. Temos também pessoas que já não estão mais na posição de espera, mas de DESESPERANÇA, isto é, já não acreditam e não fazem absolutamente nada para alcançar resultados – assumindo seus objetivos como uma possibilidade distante ao invés de encará-los como uma tomada de decisão interna para viver as paixões que se sonha ao longo da vida.
Podemos comparar indivíduos desesperançosos com carros potentes sem combustível para andar. São pessoas que possuem habilidades, condições e vasto potencial para entrar em ação e construir resultados, mas não possuem dentro de si uma força profunda porque não vêm no futuro caminhos positivos para fazer um sonho tornar-se real e assim acabam perdendo condições de serem as melhores pessoas que poderiam ser.
Como dizia Walt Disney, um dos homens mais realizadores e admirados do mundo: “se podemos sonhar podemos realizar”. Mas, precisamos estar dispostos a enfrentar os desafios que alcançar um sonho exige de nós, assumirmos o controle de nossas vidas, nos dispondo a falhar e errar quantas vezes for necessário, acreditando inquestionavelmente na nossa capacidade de atingir resultados, nutrindo a nossa esperança para irmos adiante e criarmos soluções ao longo do caminho, mesmo quando nossos sonhos não saem dentro do tempo ou condição que gostaríamos.