De acordo com uma pesquisa realizada pela organização TIC Kids Online em 2017, nove em cada dez crianças e adolescentes brasileiros usam a internet por meio de smartphones. O brasileiro costuma acessar as redes sociais, em média, durante três horas e meia por dia. Em um país cada dia mais conectado, o uso das redes sociais é um dos maiores desafios da contemporaneidade, que impactam os relacionamentos, especialmente os familiares. Pensando em auxiliar pais, filhos, educadores, comunicadores e demais pessoas interessadas neste tema, a Unimed Sudoeste de Minas promoveu no dia 27 de agosto, Dia do Psicólogo, a palestra “Redes Sociais: Um debate para a família”, com a psicóloga do Núcleo de Atenção à Família, Maria Luiza Passianotto. O evento contou ainda com a participação da jornalista e analista de Comunicação e Marketing da Unimed, Priscila Borges.
Maria Luiza Passianotto acredita que é preciso que os pais deem exemplo de um uso sensato das redes sociais, para que os filhos tenham um referencial que possa ser seguido. “Mesmo existindo tantos mecanismos para controlar o uso da internet pelos filhos, como os aplicativos de controle parental, a visualização do histórico de pesquisa e outros meios, nada disso é 100% seguro. Por isso, o melhor caminho é fazer com que todos os membros da família façam um uso racional da internet. Precisamos lembrar que o contato pessoal não pode ser substituído pela interação digital nas famílias. Sempre que possível, é preciso abrir o diálogo presencialmente, pois a comunicação é a base da educação dos filhos.”
Para Priscila Borges, tão importante quanto fazer uma leitura crítica das mídias é ensinar como fazer bom uso delas. “Acredito que as redes sociais impactam muito os relacionamentos porque é possível estar conectado 24 horas por dia. Mas não quer dizer que, por ser possível, é recomendável estar online o tempo todo. Também não creio que as redes sociais tenham apenas um lado ruim. Como qualquer meio de comunicação, há aspectos positivos e, nas redes sociais, podemos citar a facilidade para pesquisas e para aquisição de conhecimento, as redes de contato que se pode formar, por exemplo. Mas é preciso alertar sobre seus riscos, como o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes por criminosos que aproveitam desta proximidade das redes sociais. Por isso, é necessário aprender como se defender destas situações para fazer um uso saudável destes meios”, acrescenta.