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Essas foram algumas das emocionadas palavras da Carol em uma rede social, agora minha ex-aluna. Foi um grito de al�vio e felicidade h� tr�s anos entalado na garganta desta jovem que, finalmente, p�de ser bradado em alto e bom som. Sim, a Carol passou em Medicina em uma das faculdades mais concorridas do Brasil: a Faculdade de Medicina de Botucatu, da UNESP (mais de 350 candidatos / vaga).
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Tive o privil�gio de lecionar para essa estudante (de fato, estudante e n�o simplesmente aluna) desde o 3� ano do Ensino M�dio. No princ�pio, identificava na garota requintada educa��o; fino e respeitoso trato. Mas ela era muito verde em seus 17 anos, embora j� laboriosa nos estudos e ciente de suas obriga��es. Veio o primeiro vestibular e, como eu j� vaticinava intimamente, n�o deu. Mas a Carol n�o se deixou abater. Imergiu-se no cursinho em busca do aprimoramento necess�rio. De novo, tamb�m n�o deu... Vi a Carol frustrada – e de certa forma inconformada – a caminhar solit�ria pelos corredores da escola. Ela vagava como se n�o entendesse o porqu� de, mais uma vez, ter ficado de fora.
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Usando de alguma experi�ncia e humanidade que hoje acredito ter, bati um papo com ela: —Calma, Carol! O que voc� almeja (Medicina em uma faculdade p�blica de excel�ncia) n�o � realmente f�cil. Para ter chance, voc� dever� praticamente gabaritar o exame, al�m de fazer uma reda��o nota 1000; obter m�dia acima de 9,0 para ter certeza da aprova��o. Nessa �rea, a prepara��o deve ser quase ol�mpica e a fila anda um pouco devagar. � um trabalho herc�leo! (...). Senti depois dessa conversa uma Carol um pouco mais tranquila e algo menos avexada.
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Pareceu-me ter criado alma nova.
Outros colegas tamb�m deram muita for�a � Carol, que tomou uma s�bia decis�o: fazer mais um ano de cursinho com toda a calma, humildade, dedica��o e foco, exigidos nessa empreitada.
E veio ela de novo em mar�o, iluminando a primeira fileira da classe com seus olhos verdes vivazes, cheios de juventude e f�.
Perguntava tudo; n�o deixava nenhuma quest�o escapar. Agora, as d�vidas eram boas, repletas da maturidade necess�ria a quem integra as listas de aprovados dessas contendas escolares. Abril, maio, junho, julho (F�rias? Que nada!), agosto, ... E ela rachou e rachou. Estudou fundo, com m�todo, disciplina e qualidade; todas as mat�rias.
Fim do ano passado, durante a revis�o final, assisti � Carol naquela mesma carteira, agora pl�cida e confiante, como se esperasse apenas o momento certo de fazer nas provas o download de seus muitos conhecimentos.
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Bem, o fim, caros leitores, voc�s j� sabem.
A Carol � apenas um caso dentre in�meras hist�rias de sucesso que vivenciei. A coroa��o pelo foco, abnega��o e empenho; o merecid�ssimo happy end.
N�o h� atalhos nem caminhos f�ceis. Por tr�s de cada pessoa honesta e bem sucedida h� sempre uma saga de trabalho, priva��o e perseveran�a, mas sempre vale a pena.
Digo ent�o para aqueles que sonham: acreditem, busquem e laborem.
Parabenizo com muita satisfa��o e orgulho todos os meus alunos aprovados nos vestibulares 2018.
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Que maravilha, mo�ada!
Sei de cada segundo das dificuldades que voc�s enfrentaram nessa caminhada, por isso, atribuo m�rito m�ximo a essa conquista.
Sigam, agora, como universit�rios, com a mesma garra que os trouxe at� aqui.
Assim, um futuro brilhante aguardar� um por um de bra�os abertos, porque assim � recebido o talento.
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Valeu!
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por Prof. Ricardo Helou Doca