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Especial 2021
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DOENÇAS ALÉRGICAS na infância

  • O estudo das doenças alérgicas é tema de interesse para toda a sociedade e para a saúde pública, afetando em grande medida a etapa da infância. Estima-se que mais de um quarto da população brasileira apresente algum tipo de alergia, sobretudo entre as crianças e os adolescentes.

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    O aumento do número de pacientes alérgicos na idade escolar resulta em custo elevado para a economia em decorrência das hospitalizações, e do absenteísmo escolar. Porém afetando à qualidade de vida e do risco ao pleno crescimento e desenvolvimento dos pacientes pediátricos que apresentam quadros de atopia.

    Na primeira infância, as doenças alérgicas mais frequentes são: Rinite Alérgica, Asma Bronquial, Urticária Aguda e Alergia ao Leite.
    No caso de uma criança alérgica é provável que existam outras pessoas com o problema na família. Mas, a importância do fator hereditário ainda  não foi totalmente explicado. 
     
    A RINITE ALÉRGICA representa um problema de saúde global. Apesar de não se constituir em risco de morte, tem um impacto significativo no desempenho escolar da criança, na qualidade do sono, assim como na saúde física e emocional.
    A rinite é uma síndrome de diagnóstico clínico, apresenta um conjunto característico de sinais e sintomas. Prurido nasal, espirros em salva e/ou de rinorreia fecham o quadro de rinite. O sintoma isolado de congestão nasal não dá o diagnóstico de rinite, uma vez que na criança os órgãos linfóides são mais desenvolvidos e um aumento patológico pode ser responsável por obstrução nasal crônica. 
    Outros sintomas relevantes incluem respiração oral, roncos noturnos, problemas de aprendizado e de atenção e distúrbios do sono.  
    A Rinite Alérgica é frequente, sendo sub diagnosticada, com sintomas geralmente atribuíveis a resfriados recorrentes. Este fato é mais acentuado nos primeiros anos de vida, época em que as infecções virais são muito frequentes. A Rinite Alérgica coexiste com asma em grande porcentagem de pacientes pediátricos (50% a 60%). A Rinite Alérgica sem controle na criança pode predispor à rino sinusite, à otite média e à diminuição da audição (perda condutiva), além de distúrbios de sono, com consequências adversas na cognição escolar. 
     
    O diagnóstico clínico adequado permite a instituição de opções terapêuticas apropriadas. A educação da criança e da família, em termos de profilaxia ambiental e de aderência ao tratamento, é fundamental para o sucesso terapêutico. 
    A farmacoterapia na criança com rinite deve ser instituída com a menor dose possível de medicamentos, especialmente corticoides, mais ainda quando houver necessidade de associação de uso por outras vias. Também são usados no tratamento os anti-histamínicos e a imunoterapia.
    A homeopatia é uma opção terapêutica muito segura para o tratamento da rinite alérgica, sem complicações e com alto grau de resolutividade.
     
    A ASMA BRONQUIAL, por sua vez, é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação, e apresenta-se associada à hiperresponsividade brônquica, levando a episódios de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse . Os sintomas da Asma são consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar que pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento. Apesar do nível de controle da Asma, a gravidade da doença e os recursos médicos utilizados por asmáticos brasileiros serem pouco documentados, estima-se que 300 milhões de indivíduos sejam afetados em todo o mundo e, no Brasil, ocorrem cerca de 160 mil internações por asma anualmente, mostrando-se um problema de saúde pública no País e no mundo.
     
    A URTICÁRIA NA INFÂNCIA é uma condição multifatorial, complexa, com grande impacto na qualidade de vida dos pacientes acometidos. Caracteriza-se por erupções eritemato-papulosas de forma e tamanhos variados, acompanhada de prurido intenso, geralmente de início súbito e remissão sem sequelas. As lesões resultam da dilatação de vasos sanguíneos, causando edema na derme superficial e/ou angioedema quando compromete a derme profunda e tecido subcutâneo, acometendo pálpebras, lábios, genitais e extremidades. É classificada em aguda (quando regride em menos de seis semanas) e crônica (quando ultrapassa este período).
     
    A história clínica detalhada é o principal meio de diagnóstico. São considerados dados importantes: tempo de início, frequência e duração das lesões; presença de angioedema; sintomas associados (prurido e dor); história familiar; presença de outras alergias ou infecções; ingestão de alimentos; relação com agentes físicos ou exercícios; uso de medicamentos; atividade profissional; implantes cirúrgicos; picadas de insetos; ciclo menstrual e estresse. É importante identificar concomitância com manifestações respiratórias e cardiovasculares, o que pode significar progressão para anafilaxia. 
    O exame físico complementa a anamnese, identificando possíveis doenças associadas.
     
    Os alimentos considerados mais alergênicos – e responsáveis por 90% dos casos –, segundo a publicação americana Current Opinion in Pediatrics, são o leite de vaca, o ovo, a soja, o trigo, o amendoim, as nozes, os peixes e os mariscos. Entre eles, o mais preocupante é o leite, que costuma ser frequente no cardápio infantil. Cerca de 5 a 6% das crianças menores de 3 anos têm alergia a algum alimento, o mais comum (80%) é o leite de vaca
    Na ALERGIA AO LEITE é claro que a resposta depende de outros fatores e, entre eles, está a predisposição genética para o problema e como os alimentos foram introduzidos na rotina da criança. “Sabemos que oferecer alimentos ao bebê muito cedo é um importante fator desencadeante de alergia”, lembra Kátia Valverde.
    Os primeiros sinais de uma alergia alimentar podem aparecer sintomas até duas horas depois da ingestão. Os mais comuns são a diarreia, coceira e a vermelhidão. No entanto, algumas pessoas podem ter dificuldade para respirar, causada pelo chamado edema de glote e queda de pressão. Nesses casos, é importante procurar o pediatra o mais rápido possível.
     
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