Os crimes contra o patrimônio, como os furtos e roubos a residências, são uma preocupação cada vez maior no Brasil. Por isso, para proteger suas moradias, os proprietários vêm investindo cada vez mais em equipamentos e serviços de segurança. As concertinas, as cercas elétricas, câmeras de monitoramento e portarias de condomínios sem emprego de vigias são algumas das diversas opções que o mercado oferece.
Numa casa em obras, o projeto de segurança deve ser executado junto com os das redes elétrica e telefônica. Nas casas que já estão prontas, o equipamento pode ser instalado quando o proprietário desejar, sem precisar quebrar paredes, pois há tecnologia de câmeras e alarmes sem fio (veja no quadro).
O empresário Juliano da Silva Lemos.
O empresário do ramo de segurança Juliano da Silva Lemos recomenda a quem tiver interesse em investir na proteção de sua casa ou empresa que contrate o serviço em um estabelecimento comercial qualificado para evitar possíveis dores de cabeça com equipamentos que poderão ser ineficientes e não atender plenamente às necessidades do cliente. “A pessoa deve buscar uma empresa séria no mercado, com alto conhecimento em segurança, “, alerta Juliano.
O investimento, ao contrário do que muitos podem estimar, cabe em qualquer bolso: começa na faixa de R$ 100 a R$ 200 para monitoramento, podendo chegar a R$ 2 mil ou R$ 3 mil, em equipamentos para uma casa de médio padrão, dependendo da complexidade do equipamento e do serviço contratado.
Aparelho para gravar imagens captadas por câmeras de vídeo.
Câmera de vídeo monitora entrada da casa.
Um exemplo de negócio mal feito é o do alarme com discador para o celular do cliente. Trata-se de uma alternativa mais barata, mas de pouca eficiência.
Esse sistema econômico funciona da seguinte forma. Ao ser acionado, o discador automático do alarme aciona o celular do cliente, que, por sua vez, irá tomar as providências por conta própria para averiguar o que está ocorrendo em sua residência ou empresa.
Porém, se esse cliente estiver num local sem sinal de celular, ou se estiver próximo a sons e ruídos que o impeça de ouvir o telefone, o alarme será inútil e o ladrão terá uma boa chance de fugir. “Isso é uma dica fundamental, porque, às vezes, a pessoa, quando vai vender, não deixa isso esclarecido para o cliente”, diz Juliano Lemos.
Segundo o empresário, o mercado oferece tecnologia que garante mais a eficiência do sistema, em termos de comunicação, caso ocorra violação da propriedade. São os monitoramentos via rádio frequência com a integração de câmeras.
A comunicação via rádio é mais rápida com a central, é mais segura em relação a possíveis cortes da linha telefônica, transmite os dados integralmente e ao mesmo tempo em que os eventos ocorrem, além de permitir testes periódicos. O monitoramento por câmera de vídeo é importante para a visualização do perímetro no momento em que a violação acontece, além da vantagem do armazenamento das imagens para uso posterior.
NOVO SISTEMA DE PORTARIA CHEGA A PASSOS
Uma das mais altas tecnologias de segurança patrimonial, a portaria inteligente está sendo introduzida em Passos. A portaria inteligente funciona sem o emprego de vigias, monitora todo o sistema de segurança do condomínio, como a cerca elétrica e as câmeras e controla com total eficiência o acesso de pedestres e veículos.
Segundo o empresário de segurança patrimonial Juliano da Silva Lemos, essa sofisticada tecnologia não permite possíveis falhas de um porteiro comum, cuja atenção poderia se dispersar por algum motivo e deixar a portaria vulnerável. “É um sistema inovador, mais comum em cidades grandes, porque, além de ter a segurança, vale muito a pena pela economia com os custos, que pode chegar a 50%”, afirma o empresário.
Com a portaria inteligente, o condomínio fica livre das despesas que teria com os salários e encargos dos vigias, que, neste caso, se tornam dispensáveis. As câmeras da portaria inteligente transmitem as imagens 24 horas por dia para a central de monitoramento. Os visitantes são identificados pela central e suas informações são comunicadas ao morador, que autoriza ou não sua entrada.
Em caso de autorização, a pessoa terá que passar por uma eclusa, que são dois portões: um só abre depois que o outro se fechar. Na entrada de veículos, o acesso só é liberado por um tag (etiqueta eletrônica fixada no para-brisa), semelhante ao sistema “sem parar” dos pedágios de rodovias.
Concertina instalada sobre o muro de uma casa.
Monitor de câmeras de vídeo.
A TECNOLOGIA DA SEGURANÇA
CÂMERAS DE VIGILÂNCIA monitoram pontos específicos da casa e ajudam a inibir os ladrões. São instaladas na entrada e locais mais inseguros, como garagem e quintal. Os modelos mais sofisticados possuem sensor infravermelho, para filmagem e gravação noturna, e full HD, que identificam as placas dos veículos e o rosto com mais nitidez.
ALARME E SENSORES existem vários tipos de sensores, cada um adequado a situações diversas. Embora sejam alternativas a cercas elétricas e concertinas, por causa da estética dessas, podem ser instalados nas cercas elétricas, criando duplas barreiras ao acesso de invasores. Os modelos mais sofisticados evitam o inconveniente dos disparos falsos.
PORTEIRO ELETRÔNICO os modelos com vídeo são os mais indicados por oferecerem maior segurança justamente pela visualização de quem está tocando a campainha.
PORTARIA INTELIGENTE indicada para condomínios, dispensa vigias e funciona com monitoramento à distância. A portaria inteligente monitora a cerca elétrica do perímetro do condomínio, as câmeras de vídeo e controla o entra e sai de pedestres e veículos, com segurança total.
Enio Modesto
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