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Especial 2021
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Turismo

Trekking

  • A nova opção de turismo na Serra da Canastra

     

    Trekking é uma atividade física aeróbica que consiste no ato de caminhar em trilhas naturais, buscando maior contato com a natureza. Pode ser praticado tanto como forma de lazer quanto em competições. Na região, apesar de ser uma atividade recente, muitas pessoas têm procurado praticar trekking na Serra da Canastra, percorrendo a pé as trilhas do local e conhecendo de perto as particularidades de um dos principais atrativos turísticos de Minas Gerais.  
     

    Conrado Andrade e Marcelo Abreu, ao fundo, o Vale da Babilônia.

    O turismólogo e guia de turismo Conrado Oliveira de Pádua Andrade, proprietário da agência Compadres Turismo, explica que há dois anos ele tem organizado grupos de passeio com pessoas interessadas em percorrer a pé as trilhas da região do Parque Nacional da Serra da Canastra. “Hoje em dia as pessoas estão querendo se exercitar, se movimentar praticando o ecoturismo. Nós percebemos que as pessoas não querem mais somente ficar nas pousadas, querem se exercitar. O trekking ainda não é muito praticado na região, já que as trilhas ainda são pouco demarcadas”, observa.

    Com o objetivo de difundir mais a modalidade em âmbito local, a agência Compadres Turismo tem realizado parcerias com as academias da cidade para levar seus alunos a praticarem trekking na Serra da Canastra. A primeira academia que aderiu ao trekking foi a Club 21, que através do programa “Club 21 Explore”, está motivando seus alunos a fazerem outras atividades fora da academia, possibilitando uma maior socialização entre os mesmos. A primeira expedição dos alunos da academia aconteceu no dia nove de julho, e participaram 25 pessoas.
    De acordo com Conrado Andrade, o percurso realizado nesse trekking foi de 13 km. A saída foi por volta das 6h da manhã e seguiram para uma pousada em Delfinópolis, onde tomaram café da manhã e iniciaram a atividade. O percurso terminou às 17h, em uma Fazenda típica da Serra, onde o transporte de resgate trouxe o grupo de volta à Passos.
     

    Uma sessão de alongamentos em um lugar inesperado e com uma imensa sensação de liberdade.

    Cuidados necessários para o trekking

    Para saber se a pessoa tem ou não condições físicas de praticar a caminhada, Conrado afirma que é feito um briefing para avaliar o preparo físico daquela pessoa, onde é possível saber se ela realmente está preparada para o percurso. “Para realizar o trekking é necessário apenas um bom calçado, protetor solar, chapéu, além de muita disposição. São selecionados percursos onde não há grandes desníveis, para evitar um desgaste maior e a utilização de técnicas de escalada. Nós também evitamos ir para lugares muito isolados”, explica o turismólogo.


    Para que o percurso seja bem feito é necessária uma alimentação leve e reforçada durante o trajeto, que começa com um “café da manhã canastreiro”, servido sempre em uma das pousadas parceiras do projeto, antes da saída. Ao longo do trajeto existem as paradas estratégicas para lanchar, já que no roteiro não é previsto pausa para almoço, e o objetivo é fazer o grupo permanecer um maior tempo possível em contato com a natureza.
    Conrado explica que a classificação dos percursos para o trekking é feita de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) NBR- 15.505-2, que rege esse tipo de atividade no turismo.

    Sobre os encantos do passeio, Conrado diz que ao chegar nas partes altas da trilha, que fica a mais de 1.200m de altitude, é possível avistar paisagens deslumbrantes: de um lado o Vale da Babilônia, do outro o Vale do Rio Grande com a cidade de Passos e região de Delfinópolis ao fundo. “Cada grupo uma nova surpresa: uma serração, um campo florido, as nuvens do céu e todo o conjunto de elementos que transformam a paisagem na Serra da Canastra. Grande parte dos integrantes dos grupos é apaixonada pela arte da fotografia, e no final do passeio sempre procuramos inserir no roteiro um banho de cachoeira, que fica a critério de cada pessoa”, destaca.
     

    César Faria na pedra do Herculano. Formação rochosa que é ponto certo para fotografias.

    O médico César Faria, um dos 25 integrantes do grupo que participou do trekking, afirma que a experiência foi altamente positiva e está disposto a repetir outras vezes. “Para um profissional como eu, que trabalha em um setor fechado, no ar condicionado e em condições estressantes, o contato com a natureza e a prática de atividades físicas são essenciais. O contato com pessoas fora do ambiente de trabalho também tem um efeito benéfico. O contato com a natureza é terapêutico, e superar nossos limites mais ainda”, ressalta o médico.

    Segundo o proprietário da Club 21, Marcelo Abreu, a ideia do projeto “Club 21 Explore” é aproveitar as belezas da região, “que é extremamente propícia para a prática de esportes, e fazer com que os alunos possam sair um pouco de dentro da academia e se aproximarem mais da natureza, praticando também esportes ao ar livre, como trekking, ciclismo, canoagem, escalada, entre outros”, finaliza.

    Renato Rodrigues Delfraro
     

     

     

    Henrique Baldini em um dos pontos mais altos do trajeto, cerca de 1.258m acima do nível do mar.

     

    Trilhas por áreas remanescentes de cerrado intocado, uma experiência renovadora.

     

    César Faria, com a ajuda de um cajado de madeira, vencendo os trechos de trilhas escalonadas.

     

    Durante a atividade, ao caminhar pelas trilhas, existe uma interação entre os participantes do trekking.

     

    O grupo inicia o trajeto na Serra Calçada, que geralmente é conquistada somente de carro.

     

    O grupo se autoajudando para vencer os desafios do percurso.

     

    O grupo se autoajudando para vencer os desafios do percurso.

     

     

    Usama khouri, serra calcada

     

     

    Alessandra Guimarães vencendo um dos aclives que compõem o traçado.

     

     

     

    Grupo que participou do Trekking antes de subir a Serra.
    Grupo que participou do Trekking antes de subir a Serra.

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