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Especial 2021
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Literatura e Cultura

Lançamento do livro "Domingo" de Ana Lis Soares

  • Em seu romance de estreia, a autora reúne personagens bem construídas, que atravessam momentos-chave da vida com coragem e sensibilidade.

    Nasceu em Passos (MG), em 1989. Em 2012, formou-se em Jornalismo na Unesp (Bauru, SP) e trabalhou por seis anos nas redações da revista Pais & Filhos e dos portais de notícias Terra e iG, como repórter e editora, percorrendo editorias como Política, Economia, Internacional, Educação, Saúde e Ciência. Trabalha como autônoma desde 2019, produzindo conteúdo sobre livros e literatura em redes sociais (Instagram e Youtube). Selecionado no edital ProAc de 2020, Domingo é seu primeiro livro publicado, dando voz a personagens que acompanham a autora desde os seus dezessete anos.
    Nasceu em Passos (MG), em 1989. Em 2012, formou-se em Jornalismo na Unesp (Bauru, SP) e trabalhou por seis anos nas redações da revista Pais & Filhos e dos portais de notícias Terra e iG, como repórter e editora, percorrendo editorias como Política, Economia, Internacional, Educação, Saúde e Ciência. Trabalha como autônoma desde 2019, produzindo conteúdo sobre livros e literatura em redes sociais (Instagram e Youtube). Selecionado no edital ProAc de 2020, Domingo é seu primeiro livro publicado, dando voz a personagens que acompanham a autora desde os seus dezessete anos.

    Domingo, o dia da semana tradicionalmente dedicado ao descanso, é também

    um estado de espírito, lugar de conforto ou dor, acolhida ou solidão.
    Neste livro, Ana Lis Soares condensa nas narrativas das sete “personagens-ilhas” a grandeza subjacente aos rituais simples e rotineiros dos domingos.
    São sete trajetórias que se tangenciam para formar um romance autêntico e precioso, em que, ao longo das horas de um domingo, tais personagens tecem reflexões, lidam com perdas, elaboram dificuldades e alegrias e percebem, no sofrimento ou no êxtase, a epifania de estar vivo.
     
    Das bem traçadas linhas de Soares nascem Beatriz, que atravessa o dia imersa em lembranças e desejos, sobretudo o de se reconectar com a filha,
    Amanda; Bárbara, artista plástica fascinante, viva no corpo e no pensamento de seu companheiro José; Sofia, que, prestes a dar à luz, se dedica a se reconciliar com a memória do pai ausente; a adolescente Isabella, que lida com o divórcio dos pais sem perder a ternura na relação com a avó, sua
    maior joia; Omolara, que na força da ancestralidade buscou a ponderação para criar os sobrinhos e se acalenta a cada conquista dos dois; Antônia,
    mãe de oito, avó de seis, um coração pleno de amor e marcado pela crueza do assassinato de um filho; Carolina, jovem enfermeira, que se fortalece para
    dar fim a um relacionamento abusivo.
    Neste entrelaçamento de caminhos, o movimento cíclico da vida, a passagem do tempo, a superação, o amor. Em um dia pacato, como o domingo,
    uma existência inteira.
     
    Do prefácio de MARIA VALÉRIA REZENDE
    “Sim, este romance tece-se como uma manta de barafunda [...]. Cada capítulo tem o nome e a história de uma mulher, mas, na verdade, do conjunto poderíamos dizer que conta a vida de todas as mulheres, os desafios comuns a todas elas, atravessando barreiras de raça, classe, meio
    de subsistência, religião, arranjos familiares, campo e cidade, revelando um possível caminho de futuro para toda dor silenciada, toda luta feminista e, ainda, os fundamentos de um conceito de uso recente e necessário, o de interseccionalidade.
     
    Sem jamais ser panfletária nem impingir conselhos a quem a lê, Ana Lis traça, sutilmente, a indicação de um caminho que talvez só percebamos por completo ao ler a última linha da derradeira história que compõe este
    texto-tecido, no qual cada capítulo pode ser lido como novela autônoma, mas que, como romance, vai aos poucos revelando sua entranhada unidade.
    Ana Lis revela, assim, grande respeito e confiança na inteligência e na sensibilidade de quem a lê, mais uma qualidade a louvar.”
     
    por que ler este livro?
         Os temas abordados vão dos mais universais (amor e luto)
    aos mais atuais (masculinidade tóxica, abandono paterno
    e violência urbana).
     
         As personagens compõem um rico panorama, com diferenças de raça, classe e faixa etária, apontando nuances das vivências atravessadas por essas identidades.
     
        A narração em 3a pessoa permite uma observação profunda das personagens e
    das transformações pelas quais passam; ainda que a ação aconteça num único dia,
    domingo, o leitor consegue compreender o que as personagens passaram para chegar até ali.
       
    As narrativas independentes permitem que os capítulos sejam lidos fora de ordem, permitindo aos leitores o prazer da descoberta das relações entre as personagens.

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