Na próxima sexta-feira, 3 de junho, encerra em todo o país as campanhas nacionais de vacinação contra a influenza (gripe) e o sarampo. O registro de doses nos sistemas de informação do Ministério da Saúde mostra que a cobertura vacinal está bem abaixo da meta, com grande parte do público-alvo das campanhas permanecendo vulneráveis às infecções. As vacinas, no entanto, são gratuitas e encontram-se disponíveis nas salas de imunização dos municípios.
A Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) já distribuiu 141.100 doses de vacina contra a influenza aos 27 municípios de sua jurisdição. Contra o sarampo, foram 58.200 doses entregues. Desse total, foram aplicados o correspondente a 54,75% da campanha da influenza e 26,51% do sarampo.
As coberturas vacinais preconizadas pelo Ministério da Saúde e reforçadas por orientações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), através da Coordenação de Imunização, são obtidas com pelo menos 90% dos grupos prioritários da vacinação contra a gripe e 95% das crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade a serem imunizadas contra o sarampo.
Para alcançar as metas, a SRS Passos fez um apelo para que os municípios criassem estratégias para aumentar o número de pessoas vacinadas e evitarem internações por conta de gripe e o risco da reintrodução do sarampo na região. “A realidade é que o sarampo está voltando a circular aqui no Brasil. Já temos um caso positivo de sarampo, inclusive aqui no sul de Minas. Então, é uma realidade muito triste”, lamenta a referência técnica de imunização do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Passos, Sueli Veloso Maia.
De acordo com a coordenadora do NUVEPI, Márcia Aparecida Silva Viana, as coberturas vacinais contra a gripe e o sarampo são monitoradas diariamente por sua equipe e os gestores municipais de saúde e os responsáveis pela vacinação são orientados quanto à necessidade do cumprimento das metas. “Desde a realização da ‘Oficina para aumento da cobertura vacinal em crianças (realizadas em 17 e 18 de maio)’, nós temos incrementado junto aos municípios estratégias para à ampliação desta cobertura”, disse.
Para Sueli Veloso, embora as coberturas estejam realmente baixas, os dados obtidos podem estar subestimados pela falta de registro a tempo das doses aplicadas pelos municípios, porque todas as doses foram distribuídas, à medida que as remessas da SES-MG iam chegando. “Acreditamos que o problema das baixas coberturas se deve ao registro de doses no Sistema, porque muitos municípios ainda não contrataram profissionais para digitação. A profissional que vacina é a mesma que faz a digitação dos dados e, devido à demanda, elas optam por vacinar e vão deixando a digitação para fazer oportunamente”, disse.
“Quando avaliamos as informações e verifica-se o problema de baixa cobertura, é feito contato com os municípios solicitando que eles agilizem as digitações, porque, pelo Ministério da Saúde, só se considera aquela dose que está registrada no Sistema. Se ela não está registrada, considera que não teve vacinação. E a gente está chegando a essa conclusão porque a demanda de saída de vacina para os municípios é grande. A gente recebe a vacina do estado e imediatamente faz a distribuição”, avalia.
No entanto, para cumprir as metas, Sueli Veloso orienta aos municípios para utilizarem diversas estratégias, até mesmo em parceria com os agentes comunitários de saúde, para busca ativa de pessoas ainda não foram imunizadas, vacinação extramuro, em domicílio, empresas e outras. “Vão de casa em casa, levando a mesma fala ‘se você não vacinou, ainda não levou sua criança para vacinar, leve, que ainda está em tempo. Até sexta-feira, a campanha estará vigorando”, disse.
Dos pais, Sueli Veloso, chama a atenção para o risco do sarampo. “Nós não imaginávamos que tão cedo veríamos novos casos de sarampo, e a gente já diagnosticou caso positivo de sarampo. Então, que os pais levem suas crianças para vacinarem, porque as crianças são as maiores vítimas do sarampo”, alertou.
Quanto maior a cobertura vacinal de crianças até dois anos, menor é o risco de circulação dessas doenças, uma vez que a vacinação traz a prevenção e dificulta a circulação do vírus. Por essa razão pedimos que os grupos contemplados nas campanhas busquem os locais de vacinação mais próximos de suas residências para se protegerem e também protegerem aqueles que convivem com eles”, aponta a superintendente Regional de Saúde de Passos, Kátia Rita Gonçalves.
Enio Modesto
Assessoria de Comunicação Social
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Superintendência Regional de Saúde de Passos